Há vários indicadores que determinam quando uma pele deve ser trocada. Só não esqueça, estamos falando aqui tanto do ponto de vista prático quanto do “purista”.
Fora o obvio, quando há um buraco na pele, qualquer pele deve produzir um som.
A pergunta é: que som? Por isso que em muitas ocasiões você deverá ser o juiz do quando, do chega. Mesmo assim seguem algumas simples diretivas:
Quando a camada porosa começa a desaparecer. Se você usou a pele até este ponto, com certeza já deve estar com a afinação nas alturas, você tem uma pegada e tanto ou a pele está no tambor há muito tempo. O resultado, veja abaixo.
Quando a pele é removida do tambor percebe-se uma aparência achatada, ondulada. Este é o indicador de que a pele foi esticada alem de seus limites, afinada num ponto onde quase nada de elasticidade existe, ou apenas foi forçada. Sem dúvidas, é hora de trocar de pele.
Quando tentamos afinar grave o tambor não chega ao ponto desejado e começa a produzir um som distorcido ou um zunido. Este é um indicador de que a pele começou a lacear e assim não tem mais capacidade de ficar em constante contato com o tambor.
Nas peles de filme duplo, isto pode ocorrer antes pois o filme superior sempre terá uma tensão diferente que o filme inferior. A pele não estará completamente perdida, mas será necessário usar uma afinação mais alta a partir deste momento ou como alternativa, pode-se tentar reassenta-la usando o secador de cabelos.
Quando tem de tocar em lugares diversos, com diversos tamanhos, pequenos, grandes, com mais ou menos reverberação. Um som ou afinação, que funciona num pequeno ambiente não haverá de funcionar tão bem num ambiente maior.
Deve-se considerar quais componentes do som estão chegando na platéia.
Por exemplo, peles para serem microfonadas, haverão de ser diferentes que as usadas de modo acústico.
Um kit de peles muito ressonante pode-se converter num pesadelo para o técnico de som.
Enquanto o baterista é inspirado por um timbre, uma sala grande ou uma sala de gravação podem transforma-lo num som sujo, junto a overtones (harmônicos de alta freqüência) e prolongados decays, quando mixados junto a outros instrumentos acústicos ou não.
Em lugares maiores, com técnicas de microfonação de proximidade, é típico dos bateristas usarem peles de filme duplo, assim o som é mais abafado, controlado. Você agrega um pouco de energia, e em virtude do tamanho da sala, reverberará melhor. Assim como, em espaços maiores, será exigida uma colocação de notas e viradas mais seletiva ou simplista porque a audiência não ouvirá os detalhes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário