- Quais as principais indicações dadas aos músicos?Existem diversas séries de alongamentos específicos a cada grupo muscular, e que se aplicariam melhor a cada músico. Um violonista, que pratica o tempo todo sentado, exige muito mais de sua musculatura lombar do que um violinista, que pode alternar entre estudar sentado e de pé.
Porém, o objetivo deste post não é ser específico nem substituir uma orientação especializada, mas sim abordar genericamente o assunto. Então, vamos às duas recomendações genéricas mais comentadas:
Porém, o objetivo deste post não é ser específico nem substituir uma orientação especializada, mas sim abordar genericamente o assunto. Então, vamos às duas recomendações genéricas mais comentadas:
- alongar antes do estudo: essa recomendação parte do princípio de que, antes de tocar, estamos com os músculos “despreparados” para a prática, e que o alongamento serviria para essa preparação. (lembre-se de que não domino os termos técnicos)
Alguns colegas adeptos dessa rotina descrevem a sensação de tocar sem alongamento como tendo as mãos “amarradas”, e que o alongamento “solta” os músculos.
Particularmente, acho algo agressivo ao corpo realizar alongamentos ANTES da prática. De qualquer forma, se você pratica isso, NUNCA SE ESQUEÇA DE AQUECER o grupo muscular ANTES de alongar.
Partir do repouso e ir direto ao alongamento é uma das melhores técnicas para se obter uma LESÃO, especialmente no frio.
Para se aquecer você pode fazer até mesmo uma leve caminhada de uns 5 minutos, para que o sangue circule em maior abundância pelo seu corpo (inclusive músculos), e aí então você estará preparado para se alongar.
O fato de alguns recomendarem o alongamento ANTES da prática, não quer dizer que eles não recomendem alongamentos APÓS a prática. As variações de recomendações, como já disse, são inúmeras.
- alongar depois do estudo: é a rotina que aderi! Nunca me alongo antes de tocar. O que faço agora é iniciar com exercícios simples, ou até mesmo uma pequena improvisação no instrumento, visando “soltar” os músculos enquanto me aqueço naturalmente. Nunca realizo passagens com aberturas grandes para os dedos ou de explosões bruscas de velocidade. Tudo muito gradual, durante uns 5 minutos.
Depois desse pequeno aquecimento, me sinto confortável e aquecido o suficiente para realizar as passagens mais exigentes tecnicamente.
Por fim, após uma sessão de estudos (a divisão de estudos em pequenas sessões é crucial para sua saúde! Abordarei o tema em outro post), aí sim eu realizo um leve alongamento, com o intuito de relaxar a musculatura usada na prática de estudo. Faço tudo muito lentamente e sem esforço, pois a intenção agora é “desaquecer” o corpo.
Essas duas práticas, apesar de antagônicas, possuem suas recomendações em comum:
- nunca inicie seus estudos com as passagens mais complexas mecanicamente
- nunca estude por longos períodos sem pausa
- nunca pratique trechos que exijam a mesma musculatura por longos períodos (trechos com ligados, ou com aberturas, trechos com escalas, com saltos, etc.). Sempre varie, dentro de cada sessão de estudo, trechos com exigências mecânicas diferentes, para não se desgastar.
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