quinta-feira, 25 de setembro de 2014

5 Jeitos diferentes de lanças sua música nova

album-release[Este post foi escrito pelo colaborador Dave Kusek, do New Artist Model.]
No passado, só havia um jeito de lançar no CD. Você gasta meses – ou até anos – escrevendo e gravando um álbum, e constrói toda uma expectativa até o dia do lançamento, com o anúncio de uma turnê e cobertura de muita imprensa. Você lança o CD, faz turnê para promove-lo e depois volta para o estúdio e recomeça esse processo. Você termina com um gráfico de crescimento que parece um monte de picos, como espinhos, seguido de quedas de renda e de reconhecimento.
Mesmo na era digital, esse processo de preto no branco ainda é a norma, mas há mais e mais músicos fugindo desse modelo e experimentando novas estratégias. Você não precisa da equipe de marketing de uma grande gravadora por trás do seu trabalho para fazer um lançamento criativo de álbum por você mesmo.
Vamos dar uma olhada em estratégias diferentes e como você pode colocar elas em prática agora.
1. Lançamento Eterno
Esta estratégia realmente destrói a noção de lançamento de disco, porque, basicamente, não existe álbum. Em vez disso, você encurta o ciclo do álbum para uma música apenas e lança uma vez por mês, uma vez a cada dois meses ou na frequência que conseguir, sem comprometer a qualidade do som. Use o tempo entre cada lançamento para executar mini planos de marketing para cada canção, construindo reconhecimento e ganhando fãs.
O mais bacana dessa estratégia é que ela é maleável, então agarre-se na ideia e vá com ela. É claro que você pode escolher lançar canções originais assim. Você também pode usar esse conceito para lançar covers entre cada lançamento, mantendo assim um grau de reconhecimento e evitando a queda vertiginosa em vendas e em atenção. Karmin e Pomplamoose são duas bandas que dominaram bem essa tática de covers. Inscreva-se paraum seminário virtual com Jack Conte, do Pomplamoose, para mais dicas e estratégias!
Essa estratégia é muito boa para bandas independentes e músicos que só estão começando a ganhar reconhecimento e amealhar novos fãs. Você não só estará soltando novo conteúdo constantemente, para manter seus fãs, ouvindo, assistindo e compartilhando — o ciclo curto entre um lançamento e outro vai te fazer aprender a cada um deles também. Você pode descobrir que seus fãs preferem as versões acústicas, ou que as pessoas perdem o interesse por faixas mais longas. Aprenda e adapte-se.
2. Vários Singles
Todos nós conhecemos a estratégia do single. Você lança uma canção antes do CD para deixar as pessoas animadas. Entretanto, cada vez mais músicos estão juntando o lançamento de um single ao de outro e estendendo essa tática.
Lance algumas faixas em intervalos regulares antes de seu álbum estar pronto para ser lançado. Isso pode ser uma por semana, uma a cada quinzena ou o ritmo que funcionar melhor para você e seus fãs. Isso ajuda o gráfico a sair de picos e baixas e dá um motivo para seus fãs ficarem sempre animados. Você pode levar isso além e fazer com que seus fãs compartilhem. Estabeleça uma meta – pode ser um número X de likes, retweets, ou compartilhamentos. Diga aos seus fãs que você lançará sua próxima música quando alcançar essa meta. É claro que esse tiro pode sair pela culatra, então escolha um número que consiga alcançar!
3. Lançamentos Secretos
O lançamento secreto virou uma lenda quando Beyoncé soltou de repente, em dezembro de 2013, um disco com seu próprio nome no iTunes sem antecipação criada com a imprensa ou mesmo tweets.
Se você está nos primeiros estágios da sua carreira e ainda não conseguiu juntar o número de fãs que Beyoncé tem, você pode não querer optar por um álbum lançado em segredo, porque corre o risco de ninguém descobrir sobre ele nunca. Você pode, entretanto, manter alguns elementos do seu álbum secretos. O Arcade Fire fez um show secreto sob o nome “The Reflektors” para promover o CDReflektor. A pegadinha continuava: pediram aos fãs que vestissem roupas formais ou fantasias. Assim, só os fãs mais dedicados do Arcade Fire foram ao show – aqueles que iriam entrar na internet imediatamente quando o show terminasse e compartilhariam com todos os amigos.
4. Exclusividade
Prévias exclusivas e lançamentos de álbuns ficaram muito populares nos últimos anos. Beyoncé deu ao iTunes um período exclusivo de vendas antes que o CD chegasse às lojas, Daft Punk lançou Random Access Memory só para “streaming” uma semana antes de ele estar à venda e Skrillex fez um preview de Recess álbum pelo aplicativo Alien Ride app.
Você não precisa ter um desenvolvedor de aplicativos ou um patrocínio gigante para fazer um preview. Você pode dar às pessoas no seu mailing um tostão de como será sua música ou álbum novo. É só criar uma página secreta é lá colocar um player de streaming player. Outras ferramentas, tipo Patreon, permitem que você lance conteúdos que só as pessoas que te apoiarem financeiramente vão poder ver, o que é um ótimo jeito de garantir exclusividade.
5. Preview
Essa estratégia parte do conceito de single, mas você pode ser realmente criativo aqui. Em vez de lançar um álbum inteiro no formato de singles, dê a seus fãs um adiantamento das letras, das artes da capinha, do instrumental ou mesmo só das ideias gerais do álbum. O Coldplay colocou seus fãs numa caçada a letras de músicas manuscritas, que eles tinham deixado em bibliotecas públicas ao redor do mundo, mas você não precisa ir tão longe.
Os Wild Feathers colocou seu CD para vender antes em seus shows, uma semana antes de colocar ele em mercado. Além disso, todos os álbuns vendidos vinham com dois CDs – um para eles e outro para darem a amigos. Ao vender seu CD antes, eles estão focando nos fãs mais fieis – aqueles que não conseguiriam esperar para ter o CD em mãos. Essas são as pessoas que também tendem a compartilhar mais a música deles. Dar um CD a mais a eles é dar poder de compartilhar a eles.
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Biografia: Dave Kusek é o fundador do New Artist Model (newartistmodel.com), um negócio de músicas digitais que é uma escolar para músicos independentes  produtores, empresários e compositores. Ele trabalhou com músicas a carreira toda, dando ferramentas, conhecimento e manhas necessárias para se dar bem no negócio da música. Ganhe cinco aulas de graça do New Artist Model ao se inscrever na série de vídeos de aula. Para ter ainda mais dicas, inscreva-se na entrevista com Jack Conte do Pomplamoose.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Sua música ao vivo deve ser igualzinha à do CD?

O Queen não conseguia reproduzir ao vivo a parte de “Bohemian Rhapsody” que tinha ares de opera, no meio da canção, mas eles sabiam mais do que bem que os fãs queriam ouvi-la.Então, em vez de tentar fazer uma imitação de segunda categoria, eles saíam do palco e deixavam a gravação de estúdio tocar (com iluminação dramática) tomar o palco. Quando eles reapareciam, quebrando tudo na Terceira parte da música, os solos de guitarra e os vocais potentes de Freddie Mercury pareciam ainda mais fortes.
Mas se sua banda por acaso NÃO é o Queen, e sua música não é icônica como “Bohemian Rhapsody” colocar parte de gravação de estúdio com performance ao vivo — o que me leva a pensar, o quão drasticamente seu som ao vivo pode diferir da versão do CD antes de você começar a deixar seus fãs cabreiros?
Parte do público está disposta a seguir o artista a qualquer lugar e amam a cara inventiva que reinterpretar uma música dá a ela. Já outras plateias vão querer a reprodução idêntica daquilo que ouviram no CD.
Pessoalmente, eu fico no meio dessas duas opiniões. Fiquei bem irritado num show da MIA em que ela apresentou um medley de todas suas canções, mas com as melhores partes (na minha opinião) removidas. Por outro lado, fiquei super tocado com os acústicos de John Vanderslice, ainda que minha parte predileta da sua arte seja a produção e o arranjo das músicas. Eu bufo toda vez que um artista não respeita pelo menos minimamente a harmonia melódica das gravações (eu estou falando com vocês, Adam Duritz e Ed Motta!), mas geralmente acho OK mudanças em instrumentação, tom ou cadência.
Então qual é? Há um limita que não deve ser cruzado na hora de “trazer para a vida” o seu disco? Se você sabe que não vai conseguir tocar igual na frente da plateia, você deve evistar gravar desse jeito no estúdio? Os Beatles certamente não se seguraram em seus álbuns— mas, de novo, eles uma hora pararam de tocar ao vivo! (Acho que este é um dos jeitos de resolver o problema).

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

5 dicas para músicos, vocalistas e engenheiros de áudio fazerem sessões online.

[Este post foi escrito pelo colaborador David Blacker, do AirGigs.com.]
Dos primeiros experimentos que Les Paul’s fez com Mary Ford, a álbuns icônicos como Exile on Main Street, dos Rolling Stones, ou clássicos modernos como Odelay, de Beck, grandes projetos de gravação geralmente acontecem em diferentes espaços, lugares e mãos. E, como a tecnologia de gravação e a conexão entre as pessoas ficou mais fácil, essa tendência está apenas aumentando. Fazer sessões de gravação online é um jeito emergente de músicos que sabem usar bem seu dinheiro gerar uma renda extra.
Com as sessões online, os clientes têm acesso ao talento, o engenheiro e o estúdio, tudo de uma vez só, e sua escolha não é restrita por localização. Então, por mais que nunca vá substituir a mágica que acontece quando músicos interagem ao vivo, isso abre novas possibilidades de produção aos artistas, e novas chances de lucros para quem toca os estúdios e para os engenheiros de som. Gerenciar um site como o AirGigs nos dá uma visão de águia de como melhorar essa nova forma de colaboração. Então nós montamos nossa lista com as dicas mais 5 top de como fazer sessões online de gravação, masterização e mixagem.
1) Comunicação
Comunicação talvez seja o fator mais crítico quando se está trabalhando com novos clientes online. Por sua lista de clientes em potencial ser global, esteja preparado para superar a barreira da língua de vez em quando. Comunicar ideias musicais e a direção a ser tomada pode ser complicado mesmo quando as duas partes falam a mesma língua, então antes de assumir um projeto, você deve dedicar algum tempo para realmente entender o que o artista quer. Apresentar um rough (versão inacabada e baseada em ideias, em um mp3) planos para o vocal, parte instrumental, mix, master etc, para a pré-aprovação do cliente, antes de ele marcar uma sessão, vai te economizar um monte de tempo e de trabalho mais para frente.
2) Combine os termos
Por estar trabalhando a distância e com pessoas que você nunca viu, combinar todos os termos de trabalho é essencial. Isso vai definir um caminho de trabalho a ser seguido, e evita conflitos ou mal entendidos futuros.Você precisa ser explícito em assuntos como: quantas revisões e gravações você fará; se você vai entregar o arquivo de som em formato mono, stereo ou numa sessão multi-faixas; qual é o tempo máximo de gravação que você se dispõe a trabalhar; se há garantia de devolução de dinheiro em caso de descontentamento; e se as faixas serão entregues “secas” ou com efeitos.
Se você é engenheiro de mixagem, é bom deixar claro quantas faixas está preparado para mixar por aquele preço, como você quer que os arquivos sejam preparados e enviados para você, e que tipos de arquivos digitais são melhores para trabalhar. Engenheiros de masterização precisam especificar coisas como formatos aceitáveis de arquivos, número máximo de músicas com que podem trabalhar e se precisam de qualidade stereo. Por fim, é bom estabelecer uma data para a entrega do trabalho completo.
3) Interpretar a visão
Os melhores comandantes de sessão são os que conseguem ver uma parte da visão do músico, ou a canção como um todo. Eles estão acostumados em transformar pedidos de artistas do tipo  “Eu quero que esse baixo fique um pouco mais MARROM…”  ou “precisa ter um som mais REDONDO…” Quando se vai trabalhar com novas pessoas, é sempre bom pedir uma playlist com músicas populares que se parecem com o som que o artista quer ter. Faça que ele seja objetivo quanto às coisas de que mais gosta na produção, nas apresentações e no tom da música. Reservar um tempo para entrar em sincronia com a visão do artista vai pavimentar uma estrada para que a relação seja a mais calma o possível. Ser um bom gerente de gravação é uma arte e ela passa por se importar com a visão do artista e com seu som, mais do que querer brilhar muito ou aparecer do seu jeito.
4)Faça marketing das suas forças
Se o grosso da sua experiência é com um tipo específico de som, então você vai querer ser tentador para artistas que tocam esse tipo de música. É muito mais fácil fazer isso quando você tem uma linguagem e referências em comum. Se você é bom num tipo de trabalho, tipo gravação analógica, isso atraíra alguns artistas em especial. Você vai querer contar sua história profissional por meio dos clientes que já teve, para que o possível cliente possa ouvir e uma discrição do que te faz um profissional único e como você pode ajudá-los a levar seus sons para um novo patamar. Por fim, não tenha medo de declinar um projeto caso não esteja confortável com ele. Recomendar um amigo ou colega para o trabalho será ótimo para construir relacionamentos, e só vai fortalecer sua reputação como artista ou como prestador de serviço.
5) Documentar a comunicação
Há sempre potencial para desacordos ou brigas durante projetos criativos. Por isso é bom documentar toda a comunicação. Mesmo que aspectos do projeto sejam discutidos por telefone, mande um e-mail cobrindo os principais pontos discutidos e peça que o cliente confirme estar de acordo, para que você não se encontre no futuro num angu de caroço. Se você seguir os passos acima, é improvável que você vá ter problemas, mas pode acontecer de um cliente mudar o escopo de um projeto de repente. E se você tiver toda a trilha documentada, pode evitar a confusão de o que é aquele trabalho.
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Biografia do colaboradorDavid Blacker é músico, produtor multimídia e co-fundador do AirGigs e da Blacker Music Productions. Ele fez produção e composição para empresas como Dewars, Virgin Media, Fuse Network, Rounder Records, Starbucks, Carroll Music NYC, Truefire, QVC e outras mais. Ele é apaixonado por música americana de raiz, produção musical e novas oportunidades para artistas e músicos.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Dissecando canções por seu estilo musical

Blues
É claro, é claro, é claro  — as melhores canções geralmente desafiam seu gênero.
Mas é engraçado as vezes dar uma olhada nas composições como se elas fossem um agrupado de clichês.
O John Atkinson fez exatamente isso com o seu “Anatomy of Songs” (Anatomia das Canções), desenhado aqui embaixo.
Eu acho que ele acertou no alvo para o “Indie” entre os anos 2009-2014. Mas, opa, ele deixou de for a o hard bop, a polca, o neo-soul,e uns 600 outros estilos!
anatomy-of-songs
Qual seria a sua análise sintática engraçada da sua canção predileta do estilo que mais curte? Conte para a gente na seção de comentários, aqui embaixo.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Cinco dicas de canto para sua voz soar melhor





1. O “conserto instantâneo”
Esse é um truque rápido que vai fazer sua voz soar melhor imediatamente, então eu o chamo de “conserto instantâneo”. Diga  A-E-I-O-U (e olhe o movimento da sua mandíbula no espelho). Sua mandíbula fechou em alguma das vogais?
É provável que tenha fechado nas letras “E” e “U” –e mais provavelmente nas outras também, se não em todas elas.
Pegue seu dedo indicador e médio e abaixe sua mandíbula uns quatro centímetros– ou, melhor ainda, use a tampa de plástico de uma garrafa de refrigerante ou uma rolha para deixar a boca aberta. Agora fale todas as vogais de novo. E repita mais uma vez (estamos tentando mudar a memória do seu músculo, então quanto mais vezes fizer, melhor).
Agora cante as vogais em um tom. A-E-I-O-U. Sua meta é deixa a mandíbula aberta (com a boca alta, e não ampla) sem fechá-la para todas as vogais. Repita quantas vezes puder. Agra cante a frase de uma das suas músicas – e certifique-se que sua boca se abre na mesma dimensão em todas as vogais. Você tem que treinar isso bastante antes de ficar natural – mas, quanto mais fizer isso, mais rápido fará parte da sua memória muscular.
Você pode ser um dos sortudos que nota a melhora do som já na hora (ficará mais alto e mais potente, com menos reverberação). Se você ainda não sentiu, vai sentir.  Só é preciso um pouco de treino. Você pode estar tensionando sem querer seu pescoço, sua mandíbula ou os músculos da sua garganta – tente relaxá-los e repita de novo.  Da próxima vez que for se apresentar, abra mais sua boca nas vogais, essa é uma das minhas dicas que fazem sua voz melhorar na hora!
2. “Pese” nas notas altas
Quando você for cantar em escala, pense em como um elevador funciona: um peso bem pesado é ligado a uma polia e, quando  esse peso desce, o elevador sobe para os andares superiores. Então o andar mais alto é alcançado quando o peso está no chão. De maneira análoga, você deve usar mais peso (força) nas notas mais altas.
3. Mais poder sem distorção
Quem não quer mais potência sem distorção? Esta é uma daquelas dicas de canto que é fácil de fazer– mais fácil do que as acima.
Tudo o que você precisa fazer é deixar seu queixo levemente abaixado e seus músculos peitorais levemente flexionados (às vezes muito flexionados) quando quer cantar com mais potência. A maioria dos cantores pendem para a frente ou levantam o queixo na hora de dar aquela nota poderosa. Enquanto essa técnica pode funcionar por um tempinho, ela causa problemas vocais. Inclinar seu queixo para baixo não só te faz cantar mais forte e economizar sua voz,  mas também SOA melhor!
Fique na frente do bom e velho espelho. Cante uma escala de “A” , de cima a baixo em uma frase (1-2-3-4-3-2-1). Coloque seu queixo um pouquinho para dentro (mire ele para o chão), É coisa de dois centímetros ou três. Não deixe sua cabeça ir para cima quando for fazendo notas mais altas – mantenha a cabeça firme no lugar. Vá até o ponto mais alto da escala com a sua voz,  mantendo a posição. Note como o queixo quer ir para cima quando você vai para notas mais altas. Mantenha ele plantado. Isso vai te dar mais potência e volume, além de diminuir a distorção. Treine até que vire uma coisa natural!
4. Vibrato
Uma diquinha para seu vibrato funcionar. Fique em frente ao espelho, aperte o peitoral com as duas mãos,  e levante o peitoral para uma posição mais alta do que o normal. Inspire fundo e solte a respiração, mas sem deixar o peito cair. Cante uma nota e mantenha o peito alto pelo máximo de tempo que conseguir. Comece a apertar o peitoral no meio da nota (pressione com força e faça força com o peito contra sua mão). Relaxe a parte de trás do pescoço e mantenha a boca bem aberta quando cantar “ahhh.” Imagine o ar rodopiando na sua boca enquanto mantém o queixo ligeiramente para baixo e o peito para cima.  Lembre-se que usar muito vibrato não é muito bom para canções contemporâneas (pop, rock e R&B). Ao mesmo tempo, não ter nenhum vibrato é ruim. Então, tente acabar as frases com um tom sem vibração, e coloque só um pouco de vibrato. A moral da história é: faça o que funcionar para você.
5. HearFones®
Um bom tom vocal não é conseguido só cantando alto,  é conseguido cantando em volume médio. Um tom bom aparece quando as cordas vocais estão bem fechadas, mas não se encostam.
Liberar muito ar cria um tom “suspirante” e liberar pouco ar dá um som anasalado. A não ser que você queira suspirante ou anasalado como sons de estilo, é melhor se equilibrar entre esses dois tons. HearFones®, um aparelho que faz você ouvir sua voz com mais precisão, te permite se escutar com precisão e achar o lugar entre esses tons.

Dica do dia :Não obrigue as pessoas a roubarem sua música !

Rich Juzwiak quer comprar uma música da Elle Varner — mas não pode.
O single só está disponível no SoundCloud até alguma data futura em que, provavelmente, o disco inteiro vai estar à venda no iTunes, Amazon etc.
O Rich está bravo. Ele pensa que a Elle está agindo de acordo com um antiquado “modelo de negócio de antecipação.” Ele acha…
Na verdade, o Rich fala melhor do que nós:
Essa nova música só está no Soundcloud. Não está disponível no iTunes. Por quê? Por que eu não posso ter essa música agora? Eu quero ela agora. Eu gostaria de comprar agora. Quando ela estiver oficialmente disponível,  é capaz que eu já vá ter baixado ela ilegalmente ou esquecido que ela existe. O que é esse modelo de negócio de antecipação que a indústria da música ainda está tentando fazer rolar? Nós já não provamos que, se queremos alguma coisa, vamos pegar essa coisa, independente da ilegalidade? Não foi isso que fez o mercado entrar em colapso? Eles nunca vão aprender?
Uma outra pessoa perguntou, então, nos comentários, se Rich se importava tanto com a música, por que não esperava e se lembrava de comprá-la depois, quando estivesse disponível. Aqui vai a resposta dele:
Esses são tempos corridos, cara.
Sem dúvida nenhuma eu terei esse CD, de algum jeito, como eu tenho o primeiro da Elle Varner. Mas talvez eu morra antes de ele ser lançado e não tenha a oportunidade de comprá-lo. Talvez eu fique surdo. Talvez eu quebre meus dedos. Talvez meu cérebro pare de funcionar. Talvez a Elle Varner fale algo que me deixe puto. Entretanto, se o CD estivesse disponível agora, Elle Varner e sua gravadora poderiam ter meu dinheiro, independentemente de o que acontecer comigo daqui por diante.
É esse meu argumento: se estivesse disponível AGORA, o artista poderia ter o dinheiro AGORA.
Se você lançar uma música online sem distribuição completa <http://members.cdbaby.com/> por trás dela (o que significa que ela estará em iTunes, Amazon, Spotify, Google Play, etc.) há grandes chances de você estar perdendo dinheiro, de downloads e de streaming.
Singles são ótimos; eles criam SIM uma expectativa para o lançamento do CD completo — mas, se você for lançar um single, tenha certeza que ele está disponível online! De outra maneira, avisa o Rich, os cérebros dos seus fãs podem ter parado de funcionar até eles poderem comprar o CD.
O que você acha? Há um lado bom em atrasar as vendas? Conte para a gente na seção de comentários, aqui embaixo.


Fonte: somosmusica.com.br/

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Como promover seu (primeiro) show

Você marcou um show. Parabéns. Agora é a hora de ter certeza que a plateia vai ser maior do que o barman do lugar.

Aqui vai uma lista com as coisas mais simples que você pode fazer para conseguir levar o maior número possível de pessoas ao seu show:

1. Pergunte à casa de shows o que eles farão para divulgar o evento —Você não quer duplicar esforços idênticos. Às vezes, casas de show publicam anúncios em revistas semanais, colocam reclames no rádio e até fazem pôsteres para você. Se for o caso, ótimo! Se não for, pelo menos você sabe exatamente de onde partirá.
2. Consiga com a casa de shows uma lista de imprensa — Se você acabou de começar a se apresentar ao vivo, é provável que você não tenha uma extensa lista de contatos com a imprensa local. O “booker” da casa geralmente terá uma lista para usar com bandas de outras cidades que estão tocando na sua, mas eles podem facilmente te mandar esta lista também.  Normalmente, ela contém o e-mail e/ou telefone dos repórteres, editores, blogueiros, donos de podcast, apresentadores de programas de rádio e mais.
3. Entre em contato com a mídia — Você quer que seu show apareça em todos os calendários locais de shows, mas você também quer tentar ter outros tipos de cobertura: prévias do show em jornais, entrevistas em blogs, um trecho em um programa local de rádio etc. Se você entrar em contato com eles de 2 a 3 meses antes do show, você aumentará muito as chances de conseguir cobertura de imprensa.
Para uma lista de mídias locais, que poderiam estar dispostos a cobrir seu trabalho, e algumas dicas de como conseguir entrar em contato com eles, veja “Como chamar a atenção da imprensa.”
4. Crie um pôster para o show — Sim, pôsteres de show ainda são importantes, mesmo em tempos de Internet. Na verdade, a internet deu uma sobrevida a essa forma de arte.
Coloque no pôster as outras bandas da noite e o local da casa de show (no caso de os outros quererem usar para divulgar em seus sites). Se o arquivo for muito grande, coloque-o numa ferramenta de armazenamento em nuvem, como o DropBox, e compartilhe dali. Se não for, mande anexado em um e-mail.
5. Cole pôsteres pela cidade — Para ser sincero,  cobrir a vizinhança toda de pôsteres não vai garantir plateia cheia para o seu show. Mas faz duas coisas: começa seu “branding” visual, que depois vai ajudar as pessoas a te reconhecerem pelo nome; e reforça a ideia de ir na cabeça das pessoas que já aventaram a ideia. Só lembre-se de seguir as regras e leis locais sobre pendurar pôsteres/filipetas em lugares públicos. Se você não pode colar em cabines telefônicas, peça para funcionários de cafés, lojas de música e outros estabelecimentos para usar seu quadro de avisos.
6. Use seu pôster online — Está na hora de colocar esse pôster no seu site, num post do seu blog falando sobre o show,  numa galeria de fotos sobre pôsteres de show e no Twitter, Instagram, Pinterest e qualquer outra rede social em que você esteja.
7. Crie um evento de Facebook — Apesar de o Facebook estar ficando menos popular entre músicos, os eventos do Facebook ainda são uma das melhores ferramentas de divulgação que existem. Crie um evento e use elementos gráficos do seu pôster na imagem de header; e depois convide todos seus amigos de Facebook que morem até a duas horas de distância da casa de shows. Compartilhe o poder de administrar o evento com as outras bandas da noite. Um único evento para a noite é sempre melhor do que cada banda fazer o seu; isso mantém as coisas simples e aumentará o tititi entre os fãs de todas as bandas.
8. Mande um e-mail — Se você está numa banda novinha, pode ser que ainda não tenha montado uma lista de e-mails, mas incentive os membros do grupo a mandar um e-mail para todos os contatos que eles tenham, e que possam querer ir ao show. Comece por aí! Mande a esse pessoal um aviso sobre seu show, diga o quanto você está animado e que realmente espera que eles possam ir.
9. Diga para todos os seus amigos e família — Por mais que você se esforce, a maioria da sua plateia no primeiro show provavelmente será de gente que você já conhece. Em vez de se deixar desencorajar por isso, use a seu favor; traga o máximo de pessoas que conseguir. Diga a eles como é importante ter uma galera no seu show, para mostrar às outras bandas e à casa de show onde você vai tocar que sua banda tem futuro.
Comece com os amigos mais próximos e família; mas não esqueça de contar do show para colegas de trabalho, os caras com quem você joga uma pelada aos domingos, com o pessoal da igreja etc.
10. Dê alguns ingressos VIPs — As pessoas adoram prêmios e concursos. Nas semanas antes do show, faça ações nas redes sociais ou por e-mail, dando como prêmios ingressos VIPs para seu show. Os ganhadores ficaram animados, e você terá diversas chances de divulger seu show nas redes sociais.

Como criar e contar a “história” da sua banda

Num mercado superlotado em que literalmente milhões de outras pessoas estão criando músicas, competindo por shows e pedindo pelo apoio dos fãs, uma boa história — e quão bem ela é contada — pode significar a diferença entre o anonimato e o estrelato. Uma boa história também é essencial para se aproximar da imprensa;  facilita que os jornalistas escrevam sobre você e sobre sua música. Se você apresentar algo que já se pareça com uma boa matéria, ou pelo menos tenha um bom gancho que vá chamar leitores, você praticamente fez o trabalho deles.
Mas qual É sua história?
Para comunicar sua história com eficiência, você primeiro precisa saber qual é sua história. É sua biografia? Seus méritos musicais? Suas batalhas e seus triunfos? Uma descrição do seu som e do seu estilo?
Pode ser todas essas coisas, e mais. Mas, o mais importante…
1. Sua história tem de ser focada
Sua história não revelará toda a beleza e complexidade que você tem como pessoa e como artista. Isso levaria tempo demais. Em vez disso, pense nas três coisas que você quer mais passar sobre sua vida e sua música. Talvez você já tenha os elementos para fazer uma boa matéria de banda só com esses itens.
2. Sua história tem de ser autêntica
Não finja ser algo que você não é, a não ser que esse personagem ou fraude seja essencial para sua música. Seu público (e a imprensa) vai ver além do disfarce.
3. Sua história tem de ser única
O que te diferencia de outras bandas? Que aspecto da sua vida fará os fãs se conectarem emocionalmente com você?  É ESTE detalhe que atraíra os fãs,  sobre o que os críticos de música vão escrever e o elemento em que deve se focar sua história.
Ainda está com problemas em encontrar sua história?
Pense nas seguintes coisas:
* suas inspirações musicais
* os pontos altos da sua carreira
* as origens de suas letras
* inovações técnicas do seu som
* revelações pessoais que façam sentido para sua música
* suas lutas pessoais e triunfos
* algo engraçado ou curioso sobre sua música
* dramas da banda, coisas que deram errado etc.
* temas que perpassem várias músicas
* histórias de terror que aconteceram nas turnês
* as coisas que mais te dão orgulho na vida
Algo memorável ou digno de nota? Esse é o começo da sua história aí mesmo!
Como você pensa a SUA história musical?
Como você chegou à decisão que seria sua história? Como você passa isso para a plateia?  Conte para mim na seção de comentários, aqui embaixo.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Dica do dia : Comprar instrumentos musicais em Orlando.


Uma dia muito importante para no caso se você for viajar para Orlando e se gosta de música , onde achar lojas legais de instrumentos!

Comprar instrumentos musicais em Orlando

Guitar Center:
Comprar instrumentos musicais em Orlando

A Guitar Center é a maior rede de lojas de instrumentos musicais em todo o mundo, com 250 lojas nos Estados Unidos.
Sua sede é em Westlake Village, Califórnia.
A Guitar Center inaugurou sua loja em Orlando no ano de 2005, lá você pode encontrar diversos instrumentos musicais tais como teclado, amplificadores, violões, baixos, baterias e claro guitarras.
Alem de tudo isso, é possivel comprar também equipamento de áudio profissional, de iluminação entre muitos outros.
O bacana da Guitar Center é que ela é totalmente voltada para o mundo da musica, os fãs do segmento vão se derreter, a vontade é de levar tudo .


Endereço:
12402 Orange Blossom Trail, Ste. 1

Orlando, FL 32837

Outras lojas no segmento e endereços:
Georges Music - 
6817 Visitors Circle
Orlando, FL 32819

Sam Ash Music Store -
4644 E. Colonial Drive
Orlando, FL 32803

912 Lee Road
Orlando, FL 32810

sábado, 6 de setembro de 2014

Dicas de alongamento para músicos.

- Quais as principais indicações dadas aos músicos?Existem diversas séries de alongamentos específicos a cada grupo muscular, e que se aplicariam melhor a cada músico.  Um violonista, que pratica o tempo todo sentado, exige muito mais de sua musculatura lombar do que um violinista, que pode alternar entre estudar sentado e de pé.
Porém, o objetivo deste post não é ser específico nem substituir uma orientação especializada, mas sim abordar genericamente o assunto. Então, vamos às duas recomendações genéricas mais comentadas:
  • alongar antes do estudo: essa recomendação parte do princípio de que, antes de tocar, estamos com os músculos “despreparados” para a prática, e que o alongamento serviria para essa preparação. (lembre-se de que não domino os termos técnicos)
    Alguns colegas adeptos dessa rotina descrevem a sensação de tocar sem alongamento como tendo as mãos “amarradas”, e que o alongamento “solta” os músculos.
    Particularmente, acho algo agressivo ao corpo realizar alongamentos ANTES da prática. De qualquer forma, se você pratica isso, NUNCA SE ESQUEÇA DE AQUECER o grupo muscular ANTES de alongar.
    Partir do repouso e ir direto ao alongamento é uma das melhores técnicas para se obter uma LESÃO, especialmente no frio.
    Para se aquecer você pode fazer até mesmo uma leve caminhada de uns 5 minutos, para que o sangue circule em maior abundância pelo seu corpo (inclusive músculos), e aí então você estará preparado para se alongar.
    O fato de alguns recomendarem o alongamento ANTES da prática, não quer dizer que eles não recomendem alongamentos APÓS a prática. As variações de recomendações, como já disse, são inúmeras.
  • alongar depois do estudo: é a rotina que aderi! Nunca me alongo antes de tocar. O que faço agora é iniciar com exercícios simples, ou até mesmo uma pequena improvisação no instrumento, visando “soltar” os músculos enquanto me aqueço naturalmente. Nunca realizo passagens com aberturas grandes para os dedos ou de explosões bruscas de velocidade. Tudo muito gradual, durante uns 5 minutos.
    Depois desse pequeno aquecimento, me sinto confortável e aquecido o suficiente para realizar as passagens mais exigentes tecnicamente.
    Por fim, após uma sessão de estudos (a divisão de estudos em pequenas sessões é crucial para sua saúde! Abordarei o tema em outro post), aí sim eu realizo um leve alongamento, com o intuito de relaxar a musculatura usada na prática de estudo. Faço tudo muito lentamente e sem esforço, pois a intenção agora é “desaquecer” o corpo.
Essas duas práticas, apesar de antagônicas, possuem suas recomendações em comum:
  • nunca inicie seus estudos com as passagens mais complexas mecanicamente
  • nunca estude por longos períodos sem pausa
  • nunca pratique trechos que exijam a mesma musculatura por longos períodos (trechos com ligados, ou com aberturas, trechos com escalas, com saltos, etc.). Sempre varie, dentro de cada sessão de estudo, trechos com exigências mecânicas diferentes, para não se desgastar.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

MÚSICA- A música é uma arte que acontece em tempo real!


Houve uma época que para se ouvir música precisava-se de músicos para executá-la e, assim, não havendo outra forma de se apreciar essa arte se não ao vivo. Mesmo vivendo na era da tecnologia, acredito que a maioria das pessoas ainda prefiram a performance ao vivo – pois é mais interessante do que um CD ou DVD. Por isso afirmo que ainda hoje a música é uma arte que acontece em tempo real.
Partindo desse princípio, concluímos que o músico deve estar sempre em sua melhor forma, pois o público espera uma apresentação impecável da música ali apresentada (ainda mais hoje, que o público tem a referencia de uma gravação em estúdio, onde está tudo perfeitinho). Ou seja, eles esperam que seja igual ou tão bom quanto está na gravação. E falando em gravação, ainda temos o músico de estúdio, que precisa saber gravar rápido e com perfeição.
Sendo assim, para que possamos ter um lugar ao sol, temos que ser bons, muito bons. No Brasil, principalmente, exigi-se que o músico – e principalmente o baterista – toque diversos estilos e ritmos musicais razoavelmente bem.  Isso se deve a vasta diversidade musical e cultural do país; dominar vários estilos é quase que critério obrigatório para ser um músico competitivo. Critério esse que não agrada muita gente porque, convenhamos, é um saco tocar um estilo que você não gosta, não é mesmo?
Apesar de ter estudado diversos estilos em minha formação musical, eu optei por ir contra o bom senso, ignorando essa exigência do mercado, especializando apenas naquilo que eu gosto e apostando todas as fichas naquilo que realmente amo e acredito. Essa postura – é um ponto de vista pessoal – chamo de honestidade musical - que é critério indispensável para o verdadeiro sucesso do músico, ao meu ver.

DISCIPLINA: CRITÉRIO INDISPENSÁVEL PARA O SUCESSO
Ter a disciplina necessária para se estudar horas e mais horas a fio não é nada fácil e nem que se consiga fazer da noite para o dia. Leva-se anos para adquiri o hábito do estudo.
O primeiro passo para começar a trilhar um futuro promissor na música é traçar um bom plano de estudos: procure uma instituição de ensino competente ou um bom professor particular. É indispensável ter uma boa orientação profissional.
O meu intuito não é necessariamente ensiná-los a estudar, mas sim, relatar como foi e como é minha rotina de estudos, dessa forma espero poder ajudá-los a entender os desafios e adquirir a disciplina necessária para se dominar o instrumento.

Neil Peart: velocidade, técnica e criatividade única são sua marca.


PREPARANDO-SE PARA OS ESTUDOS
Pensar antecipadamente nos estudos e começar a se preparar psicologicamente antes de sentar para tocar é um bom exercício para a concentração. Desligue a TV, saia da internet, sente-se em um lugar tranqüilo, procure se acalmar e então comece a traçar o roteiro de estudos do dia. Seja otimista e diga a si mesmo que esse dia vai ser produtivo e que você vai ser melhor do que ontem. Feito isso, vá para o instrumento e comece a por em pratica os planos do dia. Eu garanto que seu dia será mais produtivo ao seguir essa rotina de concentração, mesmo que você estude apenas trinta minutos.

QUANTAS HORAS DEVO ESTUDAR POR DIA?
Não existe uma resposta exata para isso, varia muito de pessoa para pessoa. Mas uma coisa é fato: quanto mais você conseguir estudar com qualidade (não adianta ficar amassando barro na batera), mais rápido será sua evolução. Ai que entra minha dica para aqueles que têm dificuldades para estudar: o segredo é dividir em tópicos. Vou descrever minha rotina para vocês entenderem como funciona este segredo.

ROTEIRO DE ESTUDOS DIÁRIOS PARA BATERIA – EM TRÊS PARTES

Parte 1: Instrumento
40 min – técnicas de mãos (rudimentos, resistência etc.)
40 min – grooves + viradas, estudo de independência de membros etc.
40 min – leitura para caixa, solos marciais.
Intervalos de 10min de um para o outro. Estudar usando sempre um cronômetro para dividir o tempo em partes exatas.
Só aqui tem duas horas de estudos. Conseguindo abordar os principais temas da bateria e de forma pouco maçante. Não é difícil, basta querer. Duas horas por dia de estudos bem focados já trás resultados bastante satisfatórios. Como eu disse antes, o importante é a qualidade do estudo, e não a hora estuda em si.

Parte 2: Repertório
É muito importante estudar repertório diariamente. Quando eu estou com tempo curto para estudar, tento no mínimo tocar um pouco em cima de um play along.
O estudo de repertório pode ser feito de diversas formas.
A primeira e mais comum é estudar repertórios que tenha bateristas ícones do estilo musical que você estuda, começando por ordem cronológica (das bandas mais antigas para as mais modernas). Isso o ajudará entender o processo evolutivo do estilo e do instrumento. Transcrever grooves, viradas, solos e acompanhar junto a gravação original, o ajudarão a entender e absorver as linguagens ali estudas.
A segunda opção é o play along. Geralmente eles vêm em métodos de ensino ou você pode encontrar aos quilos na internet. Eu geralmente uso desse recurso para estudar assuntos que eu não tenho a possibilidade de aplicar em músicas da minha banda.
A terceira e mais importante é a performance em grupo. Aqui é o melhor lugar para por em prática tudo que você estudou. Se você estudar em uma instituição de ensino que tenha práticas de banda, será muito bem vindo. Caso não tenha essa possibilidade, o ideal é você montar uma banda com intuito primeiramente de estudar, depois que vocês estiverem afiados, o palco será uma conseqüência.
Essas são as três principais formas de se estudar repertório, sendo que a primeira e a terceira são indispensáveis e devem ser levadas juntas.

Parte 3: Apreciação musical
Eu sempre digo que 70% do estudo da música é ouvir MUITA música. Muitas pessoas hoje em dia têm centenas de músicas em seu MP3 player, mas pouco se conhece destas músicas.
O músico tem o dever de ser mais criterioso ao ouvir música, tirar um momento do dia para ouvir e procurar se informar sobre tudo o que acontece ali. É mais do que uma obrigação. É o mínimo esperado. Se você não gosta ou não tem paciência para isso, sinto te dizer que você está no lugar errado, cara!
Para se criar música, você precisa ter referências de outras bandas, sendo assim, você deve conhecer bem os artistas que você ouve.
Um bom exercício de apreciação musical é você ouvir um disco inteiro prestando atenção em um único instrumento (de preferência que não seja o seu), tentando entender o que ele faz. Faça isso com todos os instrumentos daquele disco. Depois e uma semana escutando o mesmo álbum, você vai notar que sua percepção melhorou muito. E, claro, use um bom fone de ouvido se possível.
Seguindo esse roteiro, vocês poderão notar, que pelo menos quatro horas do seu dia já estão ocupados com música. Garanto a vocês que seguindo esse roteiro, vocês iram colher frutos suculentos da música.
Eu espero que essas dicas possam ajudá-los em seus objetivos, e que logo eu possa ter mais colegas de profissão dividindo os palcos desse mundão!

Por: 

Marques Galles